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Publicado em: 08/04/2022

A OAB Cascavel sediou na noite desta quinta-feira (7) o evento presencial "Vamos falar sobre o transtorno do espectro autista?", uma iniciativa da Comissão de Direito à Saúde, com apoio da ESA-Cascavel (Escola Superior de Advocacia).   

Foram realizadas palestras com a psicopedagoga Patricia Fernanda Kelin dos Reis; a advogada Tonia Alteiro Groenwold; o médico neurologista Icaro Bertechini Soler Lopes; o advogado Denner Pereira e a presidente da Amac (Associação das Mães de Autistas de Cascavel), Samantha Sitnik. 

Segundo Patricia, que é portadora do transtorno de espectro autista, a superação vem através da dedicação. "O que falo sempre às pessoas é que tenham um propósito definido, pois só assim vão superar as dificuldades e atingirão seus objetivos".  

Patricia lembra que uma criança a cada grupo de 48 enfrenta essa patologia e, muitas vezes, a família acaba nem tomando conhecimento. 

De acordo com Ícaro, a discussão sobre o autismo tem crescido, e o diagnóstico também. "Por isso, é preciso avançar no tratamento e acesso a terapias junto ao SUS, o que tem provocado uma onda de judicialização em torno do tema".

Já Samantha destaca que o debate sobre esse tema ainda tão pouco discutido é fundamental. "A OAB é uma entidade de classe de referência e, ao levantar essa bandeira, chama a atenção de toda a sociedade". 

Por sua vez, Denner observa que ainda há muita desinformação. "O autismo gera um preconceito que não tem rosto. Ninguém tem cara de autista. Por isso a importância de fomentar essa discussão".  

Conforme Luciana Berti Guimarães, presidente da Comissão de Direito à Saúde, o evento celebrou o mês da conscientização do autismo. "Muitas mães de crianças com espectro autista não sabem que têm direito a tratamento e medicação, por isso a realização deste evento", destacou.

Debate inédito discute espectro autista e implicações no Direito